política

Oposição na frente
Três dos quatro prefeitos das Agulhas Negras são novatos; para eles aumenta a responsabilidade de governar melhor

REGIÃO – Mais de 100 mil eleitores foram as urnas na Região das Agulhas Negras no último domingo, 5, para escolher seus futuros governantes. E o recado dado pela maioria da população foi claro: o desejo pela renovação. Em três das quatro cidades candidatos da oposição foram escolhidos para o cargo de prefeito. Homens que nunca estiveram envolvidos com a política. A falta de experiência não atrapalhou, pelo contrário, motivou a decisão pelo voto. Para os novatos, isso aumenta e muito a responsabilidade.

"Esse resultado pode ser traduzido como uma resposta aos rumos que a cidade vinha tomando. A população não estava satisfeita e decidiu mudar", avaliou o prefeito eleito em Resende, José Rechuan (DEM). "Isso só mostra que a democracia chegou a região", afirmou o médico, que espera dar prioridade a saúde no primeiro ano de governo. "Eleição não é mais uma questão de recursos. A população quer ver resultados", completou.

Em Itatiaia, Luis Carlos Ypê (PP), empresário do ramo de turismo, acabou com a hegemonia de dois grupos políticos. "Jair e Dumay se revezaram por quatro mandatos e não atenderam as necessidades da população. Chegamos com uma nova proposta e agora seremos cobrados por isso", analisou o prefeito eleito.

Em Quatis, até então, Bruno da Padaria (PHS) é que irá governar a cidade pelos próximos quatro anos. Apesar de ter sido indiretamente apoiado pelo atual prefeito, Alfredo de Oliveira (PT), o novato venceu nas urnas dois vereadores e um ex-prefeito. Nesse contexto, Porto Real é uma exceção. Na cidade, a população se mostrou satisfeita, e muito, com o andamento da atual administração. Tanto que 64% dos eleitores deram a vitória ao prefeito Jorge Serfiotis (DEM).